Após Secundino O Mítico ter demonstrado que ARTE se identifica com o belo, o harmónico, a excelência do divino manifestada no plano humano, e o batoteiro Bloguótico, que se socorreu da Wikipédia, ter definido ARTE como a actividade humana ligada a manifestações de vária ordem, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objectivo de estimular essas instâncias de consciência noutras pessoas; parecia que estava a partir derrotado para este primeiro desafio. Aliás, os exemplos arrebatadores, que cada um apresentou, fatalizavam-me um post com qualidade inferior.
Não obstante, após ter reflectido, cheguei à conclusão que ARTE é menos e, simultaneamente, mais do que os meus comparsas apresentaram. Antes de mais, esqueceram-se do conceito primeiro de ARTE, que pode ser definido como conjunto de preceitos para a perfeita execução de determinada coisa, vulgo, técnica ou mestria. Neste âmbito falamos, a título de exemplo, de arte marcial, arte bélica, arte mágica, olaria, culinária...
Por outro lado, contraposta a esta arte aplicada e útil, temos aquilo de que designamos de belas artes. Algo que é considerado mais elevado que as artes práticas e não tem como fim ser útil, é arte pela arte. Foi neste último conceito que os meus amigos pensaram quando ensaiaram uma definição.
Na verdade, concordo com o Bloguótico quando diz que a ARTE é uma actividade humana ligada a manifestações de vária ordem, pois, em bom rigor, nenhuma manifestação natural pode ser considerada ARTE uma vez que não é fim em si mesma, outra coisa diferente é essa manifestação ser bela ou não. Neste seguimento, ARTE é uma actividade humana com o propósito de estimular o intelecto, independentemente de ser ou não levada a cabo por artistas.
Todavia, esta definição carece de concretização, nem todo o estimulo pode ser considerado arte, mas também não podemos ser minimalistas ao ponto de só aceitar o belo e o harmónico, pois o terrorífico, o feio ou o confuso podem, igualmente, ser utilizados para provocar o intelecto e não deixam de ser ARTE. Aqui, a pedra de toque reside na atractividade dos estímulos, sendo a manifestação humana considerada ARTE na medida em que os estímulos sejam atractivos à pessoa que os experimenta.
Por fim, seguindo o exemplo dos meus amigos, deixo aqui um exemplo que penso abarcar as duas facetas da ARTE. A primeira é indubitável, todos terão que concordar que um carro de Fórmula 1 é o resultado final e a concretização da técnica levada ao seu extremo. Já a segunda é mais difícil. Poderá o cheiro nauseabundo de borracha queimada, os gases venenosos, o lamentar de engrenagens e o gritar ensurdecedor do motor de um Formula 1 ser atractivo!?
Visualizem, OUÇAM e depois digam alguma coisa.
Não obstante, após ter reflectido, cheguei à conclusão que ARTE é menos e, simultaneamente, mais do que os meus comparsas apresentaram. Antes de mais, esqueceram-se do conceito primeiro de ARTE, que pode ser definido como conjunto de preceitos para a perfeita execução de determinada coisa, vulgo, técnica ou mestria. Neste âmbito falamos, a título de exemplo, de arte marcial, arte bélica, arte mágica, olaria, culinária...
Por outro lado, contraposta a esta arte aplicada e útil, temos aquilo de que designamos de belas artes. Algo que é considerado mais elevado que as artes práticas e não tem como fim ser útil, é arte pela arte. Foi neste último conceito que os meus amigos pensaram quando ensaiaram uma definição.
Na verdade, concordo com o Bloguótico quando diz que a ARTE é uma actividade humana ligada a manifestações de vária ordem, pois, em bom rigor, nenhuma manifestação natural pode ser considerada ARTE uma vez que não é fim em si mesma, outra coisa diferente é essa manifestação ser bela ou não. Neste seguimento, ARTE é uma actividade humana com o propósito de estimular o intelecto, independentemente de ser ou não levada a cabo por artistas.
Todavia, esta definição carece de concretização, nem todo o estimulo pode ser considerado arte, mas também não podemos ser minimalistas ao ponto de só aceitar o belo e o harmónico, pois o terrorífico, o feio ou o confuso podem, igualmente, ser utilizados para provocar o intelecto e não deixam de ser ARTE. Aqui, a pedra de toque reside na atractividade dos estímulos, sendo a manifestação humana considerada ARTE na medida em que os estímulos sejam atractivos à pessoa que os experimenta.
Por fim, seguindo o exemplo dos meus amigos, deixo aqui um exemplo que penso abarcar as duas facetas da ARTE. A primeira é indubitável, todos terão que concordar que um carro de Fórmula 1 é o resultado final e a concretização da técnica levada ao seu extremo. Já a segunda é mais difícil. Poderá o cheiro nauseabundo de borracha queimada, os gases venenosos, o lamentar de engrenagens e o gritar ensurdecedor do motor de um Formula 1 ser atractivo!?
Visualizem, OUÇAM e depois digam alguma coisa.
Ola...
ResponderEliminarAquando do meu mestrado fiz um trabalho a cujo o nome atribuí "a não interpretação da arte"...e seria uma resposta ao tema proposto pelo Professor: "A interpretação da arte"...
A sensibilidade do dito nãogostou...e levei a nota mais baixa...lol
Acho que fui mal interpretado...
M. - Sê bem vindo ao Bloga. O nome do trabalho que apresentaste é, no mínimo, audaz, mas perfeitamente válido. Podendo ser extremamente interessante e original se bem fundamentado. Lamento a nota que obtiveste.
ResponderEliminarA arte não necessita propriamente de se encontrar, como já disse antes, num elemento físico. Numa natureza viva ou morta.
ResponderEliminarComo também já disse antes, a arte está em palavras. Já vi grandes artistas que quando libertam palavras...acabam por estragar a própria obra em si.
MISS B - A arte em si própria é um conceito de integração plurisubjetiva, mutável espacial e historicamente. Eu apenas tentei ensaiar um conceito de arte que abarcasse a percepção de arte como ofício e a percepção mais actualista que não se identifica necessariamente com o belo.
ResponderEliminarConcordo plenamente contigo, se bem entendi, no facto de a arte não ter de ser explicada, pois a racionalização da mesma aniquila a sua essência.
Soube pelo Bloguótico que gostarias de participar neste desafio, terei, por isso, o prazer de conhecer a tua perspectiva acerca do tema. Fico a aguardar o teu contributo.
Posso...lol
ResponderEliminarBaphomet, Miss B....É exactamente isso que pretendia dizer com o meu "trabalho"...
E até ouso acrescentar que arte nais do que não precisar de ser explicada...não deve...
Pode parecer um conceito singelo mas tenho mais simpatia pela abordagem "arte pela arte", embora tb considere clarividente a ideia do Umberto Eco de "obra aberta"...
Qualquer coisa de intermédio entre estes dois conceitos...