segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Arte - Um desafio, by Miss B

Foi com satisfação que o "blogas", assim conhecido entre os seus co-autores, recebeu a manifestação de vontade por parte de uma seguidora, Miss B [a quem, desde já, agradecemos o interesse demosntrado] no sentido de apresentar a sua perspectiva sobre o tema ainda em discussão: arte! Evidentemente, como cavalheirismo também é uma arte, um pedido vindo de uma senhora jamais poderia ser ignorado, pelo que o post que se segue é da sua responsabilidade:
«A propósito de arte, e baseando-me no, sem dúvida, artístico exemplo deixado no post do Secundino sobre o tema, venho mencionar aquilo que acho ser um assunto que em tudo poderá estar relacionado não só com "arte", como também com o vídeo e texto do aludido post: sexo!
Podem muitos de vocês pensar que não... ou acharem um exagero quando digo que o sexo em si não é apenas aquilo que chamam: secxo! Ele tem muito mais que se lhe diga. Também ele é arte! Requer arte! A arte mais difícil de controlar! Que requer dedicação, preparação e concentração. Sempre foi assim, temos de o admitir!
Por muito que o neguem ou que o achem simplesmente enquanto isso, sexo, (algo de que não discordo completamente), a verdade é que para o conseguir e, principalmente, o desenvolver, temos de criar um sem fim de atitudes: a arte da conquista; a arte de saber falar e abordar; a arte do saber vestir e despir; a arte de arrepiar os corpos com um beijo... um toque... uma palavra! E, na hora "H", a arte do desempenho!!
A verdade é que a arte nunca esteve somente em corpos, paisagens, imagens, seres vivos ou mortos. A arte está presente na forma como criamos os nossos objectivos de conquista. Nos pormenores. Será que o sexo feminino/masculino passaria por momentos de prazer connosco se não tivessemos aquela arte nas palavras?!... Se não tivessemos o dom de seduzir?!... De esperar?!...
Podem muitos de vocês nem concordar quando comparo o sexo a arte, mas experimentem juntar as mulheres [e que mulheres] do vídeo de que falei a alguém sem nada daquilo que mencionei neste post: a arte para lidar com palavras de conquista... a arte do tocar... a arte para desenvolver e aumentar a chama! Façam isso e verão que, no final de contas, não adiante ter a pessoa com as curvas mais artísticas e perfeitas do mundo... com o andar mais sensual... com tudo aquilo que entendemos por perfeito! Não adiantará de nada, se não tiverem a arte... a arte da sedução!»

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Arte - Um desafio (BAPHOMET riposta)

Após Secundino O Mítico ter demonstrado que ARTE se identifica com o belo, o harmónico, a excelência do divino manifestada no plano humano, e o batoteiro Bloguótico, que se socorreu da Wikipédia, ter definido ARTE como a actividade humana ligada a manifestações de vária ordem, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objectivo de estimular essas instâncias de consciência noutras pessoas; parecia que estava a partir derrotado para este primeiro desafio. Aliás, os exemplos arrebatadores, que cada um apresentou, fatalizavam-me um post com qualidade inferior.

Não obstante, após ter reflectido, cheguei à conclusão que ARTE é menos e, simultaneamente, mais do que os meus comparsas apresentaram. Antes de mais, esqueceram-se do conceito primeiro de ARTE, que pode ser definido como conjunto de preceitos para a perfeita execução de determinada coisa, vulgo, técnica ou mestria. Neste âmbito falamos, a título de exemplo, de arte marcial, arte bélica, arte mágica, olaria, culinária...

Por outro lado, contraposta a esta arte aplicada e útil, temos aquilo de que designamos de belas artes. Algo que é considerado mais elevado que as artes práticas e não tem como fim ser útil, é arte pela arte. Foi neste último conceito que os meus amigos pensaram quando ensaiaram uma definição.

Na verdade, concordo com o Bloguótico quando diz que a ARTE é uma actividade humana ligada a manifestações de vária ordem, pois, em bom rigor, nenhuma manifestação natural pode ser considerada ARTE uma vez que não é fim em si mesma, outra coisa diferente é essa manifestação ser bela ou não. Neste seguimento, ARTE é uma actividade humana com o propósito de estimular o intelecto, independentemente de ser ou não levada a cabo por artistas.
Todavia, esta definição carece de concretização, nem todo o estimulo pode ser considerado arte, mas também não podemos ser minimalistas ao ponto de só aceitar o belo e o harmónico, pois o terrorífico, o feio ou o confuso podem, igualmente, ser utilizados para provocar o intelecto e não deixam de ser ARTE. Aqui, a pedra de toque reside na atractividade dos estímulos, sendo a manifestação humana considerada ARTE na medida em que os estímulos sejam atractivos à pessoa que os experimenta.

Por fim, seguindo o exemplo dos meus amigos, deixo aqui um exemplo que penso abarcar as duas facetas da ARTE. A primeira é indubitável, todos terão que concordar que um carro de Fórmula 1 é o resultado final e a concretização da técnica levada ao seu extremo. Já a segunda é mais difícil. Poderá o cheiro nauseabundo de borracha queimada, os gases venenosos, o lamentar de engrenagens e o gritar ensurdecedor do motor de um Formula 1 ser atractivo!?

Visualizem, OUÇAM e depois digam alguma coisa.